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ARAMIS + WGSN – What’s next? O ESTUDO SOBRE OS HOMENS

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ARAMIS + WGSN – What’s next? O ESTUDO SOBRE OS HOMENS

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Referência em moda e lifestyle no Brasil há mais de 27 anos, a Aramis se uniu à WGSN, autoridade global em tendências, para desvendar a masculinidade como conhecemos hoje, além dos principais comportamentos que compõem o papel do homem na sociedade contemporânea. 

Assim nasceu a série What’s Next? O Estudo Sobre Os Homens: que associa conhecimentos e traz uma visão atualizada sobre os impactos dos homens no presente, passado e futuro. Com ela, sete segmentos apontam mais de 30 tendências de comportamentos – que serão aprofundadas em nossos conteúdos por aqui.

Mas, para entendermos como foram construídas as masculinidades que conhecemos hoje, analisamos o que se esperava – e se espera – dos homens, desde a pré-história até os tempos atuais.

Através da análise de dados, traçamos um panorama desse assunto que parece singular, mas é composto por vários universos em um só: a masculinidade, que aqui, chamaremos de masculinidade(s).

Não podemos ignorar toda a pluralidade dos comportamentos e tratar a masculinidade como uma via de mão única e, para entender o que estamos construindo, as diferentes visões dessa questão, precisamos também compreender como chegamos até aqui.

Afinal, qual foi e é o papel dos homens através do tempo?

Os homens através da História e o conceito da “caixa dos homens”

Ao observarmos o papel dos homens ao longo da História, no começo, homens e mulheres eram considerados provedores dentro de casa, mas com o passar do tempo, os papéis foram se alterando e a imagem do homem dominador, forte, viril, atraente, que não demonstra emoções e que se afasta do que é feminino, foi sendo construída.

Houveram épocas em diferentes culturas e sociedades, em que usar perucas, maquiagem e saltos altos, por exemplo, demonstrava o quanto de poder e força um homem tinha.

As desvantagens ao se adequar a uma imagem mais rígida e regrada, é que essas definições acabam invalidando outras existências, além de se tornar um fardo para os próprios homens, que acabam se limitando a chamada caixa dos homens, conceito criado por Paul Kivel nos anos 80. 

Para questioná-la, alguns movimentos trazem novas propostas na construção de masculinidades mais conscientes. Essas renovações nas masculinidades trazem um novo panorama para a desconstrução do “homem de verdade”, mostrando as vantagens da vulnerabilidade e do cuidado, através da expressão dos sentimentos e emoções, entre outras atitudes.

Renovações nas masculinidades

Nas novas estruturas familiares, essa figura do homem dominante, provedor e irredutível, ganha cada vez menos espaço, além das mulheres estarem cada vez mais inseridas no mercado de trabalho.

Essa evolução na equidade entre gêneros traz para o homem novas possibilidades e responsabilidades dentro de casa e com os filhos, tornando cada vez mais presente o homem que participa das atividades do lar e exerce uma paternidade consciente com os filhos. 

Além disso, comportamentos controladores estão sendo cada dia mais mal vistos e tratados como uma masculinidade tóxica, fazendo com que os homens revisem suas atitudes e abram mais espaços para trocas dentro de seus grupos, tomando consciência e responsabilidade por seus atos.

Junto a isso, também temos um aumento na quebra de estereótipos que ajuda a promover a liberdade e a auto aceitação. Espaços, cargos e posições que antes eram dedicados apenas ao homem padronizado, hoje já começam a ser ocupados por pessoas racializadas, de diferentes orientações sexuais e de gênero.

Outro ponto que merece uma atenção especial é sobre a masculinidade do homem negro, que passa por desafios específicos. A inserção, representação e relevância desses homens em espaços antes “destinados” apenas aos homens brancos, têm os ajudado a se enxergarem de outra forma e a construírem novas referências para si próprios e para o todo.

No campo da expressão e do autocuidado, a redução das linhas entre gêneros tem cumprido um excelente papel ao mostrar que os homens podem se cuidar e se expressar da forma que se sentirem melhor.

Isso inclui cuidar da aparência, beleza, procurar procedimentos estéticos, entre outras práticas, sem se preocuparem que seja considerado “coisa de mulher.”

Toda a história e seus pontos de evolução são necessários para entendermos de onde as masculinidades vieram e para onde estão caminhando. Mas se de um lado há mudanças, do outro há resistência: o assunto é muito novo e ainda mexe com a cabeça da maioria dos homens.

Há ainda, muita informação restrita a nichos que dialogam mais sobre esses temas e que não circulam nas mais diversas e amplas esferas da sociedade. Por isso, ao olharmos para os homens, precisamos enxergar diferentes raças, classes sociais, sexualidades e repertórios, em prol do benefício de todos.

É por isso que ao invés de masculinidade (no singular), o estudo traz masculinidades (no plural), para que possamos enfrentar essas resistências e ampliar as perspectivas com um conceito diverso e em constante evolução.

Sentimentos que atravessam os homens nessa jornada

Neste caminho, alguns sentimentos como o desconforto, o receio a desconexão, atravessam diferentes masculinidades que podem sentir uma certa pressão e autocobrança ao se depararem com o novo, ou, simplesmente abandonam o barco por não se sentirem parte disso.

A sensação de desconforto fica evidente, pois é difícil lidar com esses lugares, muitas vezes, inexplorados que estão vindo à tona. 

Esses lugares que estão sendo evidenciados ampliam a sensação de desconforto.

Túlio Custódio, Sociólogo.

Tanto para os homens que estão mais antenados nesses assuntos, quanto para aqueles que estão refletindo sobre esses temas atualmente, a discussão provoca um certo incômodo. Isso se dá ao perceber que é preciso reconhecer alguns privilégios e que o problema é tão profundo que sempre haverá algum tipo de discussão.

É importante ter paciência, não ter medo de falhar e compreender que não há uma linha de chegada: pequenos passos fazem parte na hora de encarar e acessar sensações inesperadas, na busca por exercer masculinidades mais conscientes.

Na lista dos sentimentos também está o receio. O medo de errar, de ser criticado, se soma aos estigmas já cristalizados e provoca uma paralisia no processo de buscar e se entregar ao novo.

É mais trabalhoso parecer que você não se importa do que o contrário.

Noah Zagor, Especialista da WGSN.

Diante do avanço das discussões e, levando em consideração as diferenças que facilitam (ou não) o acesso à informação entre os homens, muitos podem sentir estar sendo julgados o tempo todo e que se deve tomar muito cuidado para não cair no erro. 

Além do desconforto e do receio, a desconexão é um dos sentimentos que surge durante o processo. Um afastamento pode acontecer quando alguns homens entendem que algumas discussões não são para eles ou não fazem parte de seus universos.

Por isso, é importante que haja diálogos pertinentes, trocas de repertórios e abertura para novas perspectivas entre amigos. Assim, o engajamento entre os grupos de homens pode ser capaz de agir em diferentes frentes, gerando mudanças positivas.

A partir dessa discussão e reconhecimentos, a gente pode criar laços e conexões. É sobre responsabilidade, engajamento e ampliar repertórios.

Túlio Custódio, Sociólogo.

Sentimentos vs. Tendências e Soluções

A parte boa é que para superar esses sentimentos, algumas tendências já estão despontando e colaboram pela busca do bem-estar, autocuidado e autoconhecimento. 

Novidades em diferentes segmentos trazem um universo de possibilidades para que os homens possam ir de encontro às novas possibilidades e perspectivas de quem realmente são em suas particularidades. São eles:

  • Beleza e Cosméticos
  • Bem-estar
  • Moda
  • Tecnologia
  • Casa e Decoração
  • Família
  • Conteúdo

Assista ao episódio II de What’s Next – O Estudo Sobre Os Homens

O sentimento de desconforto pode se transformar em alívio com cada vez mais marcas trazendo alternativas que criam momentos e espaços confortáveis e, a partir disso, estimulam mais transformações.

O bem-estar e o cuidado estão cada vez mais presentes nas categorias, aliviando a jornada.

Nick Paget, Especialista da WGSN.

Ou seja, autocuidado é a palavra-chave para a construção dessas novas masculinidades. Homens se cuidam de dentro para fora e de fora para dentro.

Já o sentimento de receio pode se tornar segurança, quando  pessoas e mercado resolvem se movimentar na busca por facilitar, customizar e tornar mais perenes as experiências de conforto, que surgem traduzidas ora como bem-estar e autocuidado, ora como aceitação.

Aqui, o importante é criar momentos e espaços confortáveis e, a partir disso, estimular mais mudanças.

Por último, o sentimento de desconexão se torna interesse ao envolver e fomentar discussões que trazem narrativas a partir de várias perspectivas masculinas, estimulando a ação e a responsabilização do homem em suas diferentes interações.

Conheça algumas das principais tendências em movimento

Beleza & Cosméticos

Bro-Bathing: os homens estão descobrindo a importância de rituais como um bom banho aromático, entre outros benefícios mentais e psicológicos em um mundo pós-covid, na busca pelo autocuidado e autoestima.

No “Makeup” Makeup: uma maquiagem leve, apenas para destacar os traços, esconder poros e corar a pele, começa a fazer parte das rotinas. O objetivo é uma maquiagem discreta, apenas para valorizar os traços.

Sustentabilidade embarcada: muitas marcas já têm explorado esse atributo há alguns anos, no entanto, ele segue cada vez mais forte nos próximos anos. Afinal peças sustentáveis e ou biodegradáveis colaboram para a preservação da natureza, através da redução de descartes desnecessários, com a utilização de menos água durante os processos, entre outras iniciativas que impactam positivamente na biodiversidade e num futuro melhor.

Bem-estar

Tratamentos clínicos acessíveis: marcas utilizam a venda de produtos através de consulta por vídeo, linguagem informal e um visual mais descolado que o clínico, trazendo formatos mais fáceis e discretos para encomendar tratamentos e superar o estigma em torno de problemas íntimos, estéticos e de saúde. 

Fertilidade: a fertilidade deixa de ser um assunto exclusivo feminino e passa a fazer parte da rotina de homens, através de soluções e uma conscientização cada vez maior sobre a saúde reprodutiva masculina.

Moda

Domínio do bem-estar: designs mais empáticos se fazem presentes na criação de produtos e serviços que colaboram para o bem-estar físico e mental. 

Metaverso: com expectativa de valor de US$800 bi em 2024, o Metaverso proporciona um espaço de livre experimentação, fazendo com que as marcas criem peças, coleções, além de clubes de vantagens para universos digitais ou inspirados por essa estética.

Jaqueta Metaheat: a primeira peça phygital da Aramis que em versão física, esquenta em até 3 níveis.

Tecnologia

Families e Co-living: definido como 3 ou mais pessoas que moram juntas sem vínculos sanguíneos ou, inicialmente, de amizade, o conceito de co-living está crescendo ao redor do mundo.

Os espaços inovam no segmento de habitação, trazendo alternativas que proporcionam um ambiente de casa e de trabalho perfeito para a comunidade dos nômades digitais que promete alcançar 36,2 milhões de pessoas até 2025, somente nos EUA.

Mais do que apontar o que é certo ou errado, essa série cocriada entre a Aramis e a WGSN traz novas perspectivas sobre tudo o que está rolando em diferentes universos da masculinidade, para que cada homem possa buscar as ferramentas das quais se sintam mais confortáveis para construir seu próprio caminho.

Salve Aramis Way nos seus favoritos e acompanhe no detalhe cada uma das tendências que estaremos lançando ao longo dessa jornada.

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