Review

10 cidades Bike Friendly com iniciativas sustentáveis

Postado em

10 cidades Bike Friendly com iniciativas sustentáveis
Luciano Ribeiro Luciano Ribeiro

Leia em 7 min

Em alguns lugares do mundo, as bicicletas já são mais presentes do que os automóveis. O que as chamadas “smart cities” discutem agora é a retirada parcial ou, até mesmo integral, dos carros de suas ruas.

Em meio século, o mundo (ou parte dele) vai tomar de volta os espaços que já foram de pedestres, numa bem-sucedida parceria entre profissionais de transporte, habitação e meio ambiente.

Leia também Andar de bicicleta: quais os benefícios dessa prática para sua saúde

Conheça as cidades bike friendly, que mais se desenvolvem nesse aspecto de meios de transporte saudáveis e ecologicamente corretos.

Vem comigo!

01. Amsterdam

O pesadelo da cidade é o sonho de qualquer outra metrópole mundial: há bicicletas demais nas ruas. São quase 900 mil para uma população que não chega a 1 milhão.

E, sim, existe bate-boca entre ciclistas, engarrafamento nos horários de pico e, encontrar uma vaga, um poste, que seja, é uma gincana cotidiana.

Carros? Cerca de 65% da população não usa ou não tem, sendo que 32% faz dela a cidade com maior número de ciclistas por metro quadrado do mundo.

4% diz que só anda a pé. O restante vai de Uber movido a combustível derivado da queima do lixo.

02. Barcelona

Desde as Olimpíadas de 1992, a cidade tem matutado maneiras de livrar-se dos carros, se não para sempre, pelo menos por um tempo.

Ampliou, e muito, sua rede de metrô. Criou o VLT para conectar a área metropolitana aos bairros mais modernos e – cereja do sundae – implementou o conceito da “supermanzana”.

São quarteirões inteiros fechados para veículos, liberados apenas para pedestres, formando assim grandes praças e pedonais. 

Descubra 5 lugares que você precisa conhecer em Barcelona

03. Hamburgo

A cidade mais hipster da Alemanha também caminha para ser a mais verde.

Em 20 anos, o plano “Grünes Netz”, ou Rede Verde, promete banir todos os carros promovendo a circulação de bicicletas e pedestres por parques e jardins, que serão interligados, formando um grande cinturão eco na segunda metrópole do país.

O projeto ainda prevê áreas de natação e escalada, futebol e birdwatching – nada mais alemão. Utopia? Não, teoria que já está sendo colocada em prática. Nada mais alemão.

04. Cidade do México

Desajeitada e engarrafada como São Paulo, a capital mexicana saiu na frente ao bolar um plano, nada mirabolante, para subverter sua lógica atual: a de priorizar carros e motoristas em vez de pedestres.

Desde 2009, foram criadas mais de 300 km de ciclovias ou faixas exclusivas em ruas e avenidas dorsais da cidade, sendo que cada trecho sempre começa ou termina em espaços públicos ou em terminais de transporte (e não em pontos turísticos).

Além disso, disponibiliza bicicletários e estações de aluguel de bikes a preços bem acessíveis para a população majoritariamente carente.

05. Copenhagen

Pioneira em projetos de mobilidade, a cidade tem se preparado para livrar-se dos carros nos últimos 40 anos com projetos de retomada do espaço urbano para pedestres.

No plano, ruas foram se transformando em pedonais, estacionamentos deram lugar a parques, o skyline manteve-se baixo para que a escala humana não sumisse na paisagem.

Por serem consideradas o meio de transporte oficial e mais eficaz, há mais bicicletas que carros (o dobro), com inúmeras estações onde cada um pode pegar a “magrela” em troca de uns centavos para circular livremente.

Os ciclistas ainda contam com autoestradas exclusivas, iguais às destinadas aos veículos particulares e transportes públicos, que já circulam com combustível alternativo.

Até 2050, a capital dinamarquesa pretende tornar-se neutra em emissões de carbono.  

06. Hong Kong

O centro financeiro mais frenético do mundo tem pouco mais de mil quilômetros quadrados, sendo que 40% do seu território é uma reserva ecológica protegida, onde vivem no espaço que sobra cerca de 7 milhões de pessoas.

Caber, cabe, mas para ninguém passar aperto é preciso manter e aprimorar um sistema impecável de transporte público pontual, barato, bem conservado e, lógico, limpo.

Além de metrô, trem, balsa, ônibus e táxis abastecidos a gás liquefeito, Hong Kong agora conta com escadas rolantes cobertas que diariamente levam e trazem 60 mil pessoas.

Pelo conjunto da “obra”, não à toa mais de 90% dos habitantes se locomove em ritmo coletivo e consegue chegar rapidamente às áreas de lazer, seja no mar ou na montanha.

Há pouco mais de 500 mil carros e o governo incentiva seus proprietários a mantê-los em casa. Para quem sai às ruas no volante, um aviso: é proibido deixar o motor ligado por mais de três minutos em caso do carro parado e há mais radares de controle de poluição que filial de banco.

A multa para quem passa do limite de emissão de carbono é de levar à falência. 

07. Vancouver

Uma grande rede de compartilhamento de bicicletas e veículos híbridos, que conta com estacionamento gratuito nas ruas, fez os moradores de Vancouver deixarem seus carros na garagem.

Hoje, quase metade das viagens feitas dentro da cidade são feitas com sistema público de transporte.

Um novo plano diretor também obriga as incorporadoras a concentrarem a maioria dos investimentos imobiliários residenciais em áreas próximas aos corredores de trânsito e/ou voltadas para pedestres no centro da cidade.

Isso ajudou a reduzir o número de viagens de carro, aumentar as vendas no comércio e, consequentemente, os empregos criados.

08. Viena

A cidade mais habitável do mundo, segundo a consultoria inglesa Mercer, apresentou em 2014 seu projeto para tornar-se uma “smart city”.

As ações do “Wien Framework Strategy” integram atividades de trabalho e lazer da população, além do plano de igualdade de acesso entre gêneros.

O que é isso? É sabido que homens e mulheres se locomovem de maneiras diferentes, sendo elas mais usuárias do sistema público de transporte e das ruas, por exemplo.

Hoje, em Viena, calçadas e passeios são bem mais iluminados e parques possuem quadras de badminton e vôlei, os esportes preferidos do público feminino austríaco.

E sem contar que toda a cidade, do centro ao subúrbio, está interligada com redes de trem, metrô, ônibus e bicicleta: são nada menos de 1.300 km de ciclovias ligando todos os pontos do novo hot spot hipster europeu.

Confira um Pequeno guia sobre como desbravar Viena

09. Tóquio

A megacidade número 1 do planeta também ostenta uma das maiores frotas de carros particulares do mundo.

São cerca de 10 milhões para uma população de 38, mas ainda assim não há trânsito na rua por algumas razões: não há espaço, um estacionamento custa muito e o transporte público mora no futuro.

São quase 5 mil quilômetros de linhas de trem e metrô, com 160 linhas, 2 mil estações e um empurra-empurra indiano, mas que funciona.

Os claustrofóbicos optam por uma saída tão eficaz e veloz quanto: usam bicicletas e scooters elétricas, carregadas a partir das miniplacas de energia solar presas às mochilas, e no sistema de “car sharing”. 

10. Sydney

Equação perfeita entre tamanho e densidade populacional, somada a um planejamento urbano e motor que prioriza, nessa ordem, a natureza e o pedestre.

Assim, Sydney cresceu e avançou discretamente sobre o mar e a baía sem atropelar sua geografia e seu cotidiano.

Para circular na cidade, ciclovias foram criadas e as bicicletas começam a fazer parte da paisagem, ao lado de carros econômicos e movidos a energia renovável – aos que dão carona, descontos nos impostos e estacionamentos.

Outra boa ideia é que para andar no centro financeiro e pelas áreas de lazer, a prefeitura disponibiliza ônibus gratuitos para turistas e moradores, tirando das ruas carros particulares e táxis. 


Leia mais publicações

NEWSLETTER ARAMIS WAY

Fique por dentro das nossas novidades!

banner-img-footer
SmartPhone

Baixe nosso app e tenha descontos incríveis

PlayStore AppleStore