Aniversário de São Paulo: 6 dicas para curtir o dia na cidade

Ah, São Paulo! Te escolhi para ser minha morada e me apaixonei por você em um dos momentos mais difíceis da minha vida. Sou um carioca da gema que defende São Paulo na roda de amigos.

Cheguei a esta cidade pouco antes da pandemia. Assim como vocês, fiquei meses dentro do meu apartamento, vendo a cidade pela janela.

Quando a situação sanitária melhorou e pude sair, foi como o despertar de uma nova relação: fui descobrindo características que me encantavam, belezas inesperadas, sabores, sons, pessoas. 

E aqui estou para dividir um pouco do que me faz escolher todos os dias viver nesta cidade que completará 469 anos. É tão difícil essa tarefa. Como resumir uma lista tão longa?

Tive que escolher um critério pessoal: a proximidade. Moro na Bela Vista, próximo à Liberdade. Na minha rua vejo a famosa placa que indica o Paraíso para um lado e a Liberdade para o outro.

Escolha complicada, não é mesmo? Prefiro ter as duas ao mesmo tempo.

Viaduto Minhocão (Elevado Presidente João Goulart)

Imagine que é um sábado de sol e você acorda cedo. Pegue sua bicicleta e vá curtir o Minhocão. Sim, o viaduto.

Nada mais paulistano do que apreciar as obras de arte pintadas nos prédios que margeiam o Elevado Presidente João Goulart, que nos finais de semana funciona para lazer das 7h às 22h.

Você vai encontrar gente tomando sol em cadeiras de praia, crianças brincando, skatistas, artistas, atletas. Eu amo. Aliás, gosto de ir para lá em dias de semana à noite (das 20h às 22h). 

Liberdade

Depois do Minhocão, gosto de ir ao bairro da Liberdade, pois a feira abre às 10h e vai até às 18h. Se estiver com fome, você chegará ao lugar certo. A dificuldade será escolher o que comer. São tantas opções (que bom, né?).

Eu gosto de pedir um pouco em cada barraca. Um tempurá aqui, um temaki ali, churros na sobremesa. Mas não é só isso.

O bairro é um grande acontecimento cultural. Tire foto com o Pikachu, visite o Jardim Japonês, escolha um mangá, coma um doce hypado (se tiver coragem de enfrentar a fila) no We Coffee, compre cogumelos por um ótimo preço e vá para o próximo destino.

Bixiga

O bairro do Bixiga une as culturas italiana e afro-brasileira. Local que abriga a tradicional Escola de Samba Vai-Vai, com seus ensaios e sambistas, e as cantinas italianas ao longo da Rua Treze de Maio e adjacências. 

Anotem uma dica preciosa e depois venham me agradecer: Cannoleria do Bixiga. Este estabelecimento oferece o melhor cannoli de São Paulo (confiem) e uma pizza deliciosa que é servida rapidamente, por um preço ótimo.

Eles só funcionam de sexta à domingo (sex. e sáb. – 12h às 20h; dom. 12h às 17h). Então, não apareçam lá durante a semana. Se for no domingo, procure ir cedo, porque os melhores cannolis podem acabar.

Estamos no sábado, mas se quiser ir no domingo para o Bixiga, vai poder aproveitar a feira de antiguidades na Praça Dom Orione, que é imperdível. 

Aparelha Luzia

O fim da tarde vai caindo e já podemos começar a pensar na balada que vai fechar nosso dia de celebração paulistana.

Eu iria em casa, tomaria um banho e me arrumaria para partir para o Aparelha Luzia, o quilombo urbano que celebra a cultura negra.

Fica no Campos Elíseos, na Rua Apa, 78. Sábado a festa começa às 19h, mas o bom mesmo ocorre depois das 22h. Não tenho como explicar, pois é uma experiência incrível. 

Samba da Treze

Ainda vou dar uma opção que ficaria mais perto de casa (pra mim, no caso) e acho que vale a pena: Samba da Treze.

Oficialmente acontece às sextas, porém existem eventos extras em alguns sábados e domingos. Acompanhe no perfil deles no Instagram.

Bar e Lanches Estadão

Chegamos à madrugada, mas a cidade não para. Bateu um cansaço, bateu fome. Recomendo terminar a noite comendo um belo sanduíche (eu sou carioca e falo sanduíche, mas sei que paulistanos falam “lanche”).

Experimente o lanche de pernil do Estadão, que fica no viaduto Nove de Julho, 193. 

Que dia incrível, hein?! São Paulo, foi amor à primeira vista. Obrigado por tudo e parabéns pelo seu dia!