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Sicília: conheça a maior ilha européia no continente da Itália

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Sicília: conheça a maior ilha européia no continente da Itália
Luciano Ribeiro Luciano Ribeiro

Leia em 5 min

Afastada, mas nem tanto, dos principais destinos gregos e de parte da sua ostentação, está a Sicília: a maior ilha europeia, que fica há apenas três quilômetros da Calábria, no continente italiano.

Com uma beleza única, a Sicília foi descoberta pelos gregos há mais de 700 anos antes de Cristo e, desde então, já foi conquistada por árabes, romanos, cartagineses e normandos. Foi independente por mais de 700 anos e hoje faz parte da Itália.

Vem comigo!

Siracusa

Minha sugestão é começar a viagem na Sicília pelo aeroporto da Catânia e então seguir para Siracusa, cidade repleta de história, onde você entende o porquê do fascínio siciliano. 

Ali você encontra a grande influência grega e romana em seus teatros, ruínas e igrejas seculares, na gastronomia e na arquitetura. Vale muito a pena passar um fim de tarde na Piazza Duomo, no bairro de Ortígia.

Construído há 2.500 anos como templo para a deusa grega Atena, o espaço foi transformado na catedral da fé católica pelos romanos. Difícil não se emocionar com tanta beleza na catedral e de tudo que a cerca.

Dentro da igreja há uma obra original de Caravaggio. Condenado por assassinato em Roma na primeira década do século 17, o pintor fugiu para a Sicília, onde foi bem recebido pelos ricos locais.

Financiado, pintou quadros importantes que até hoje estão em igrejas sicilianas, especialmente em Siracusa. Na Duomo, você ainda pode apreciar a obra-prima que é a Santa Lucia alla Abadia.

Andar por Ortígia é se perder no tempo em suas ruas pequenas com cafés, restaurantes, gelaterias, história. Ali, não deixe de comer no Kantunera, restaurante especializado em frutos do mar.

O atum servido é fresquinho, de um vermelho de cor vibrante. Também há os gambero rossos, os scampi e as pastas ao vôngole

De sobremesa, os tradicionais cannoli estão por toda parte, embora o que eu gostava mesmo de fazer era provar um dos deliciosos gelatos locais, especialmente o de pistache. Sim, a Sicília se orgulha de produzir os melhores pistaches do mundo.

Não muito distante de Siracusa, está a região de Bronte, ladeada pelo vulcão Etna. As características desse solo fazem com que o pistache local tenha sabor e cor únicos. O grão, diferentemente do resto do mundo, é verde e não amarelado.

Siracusa tem ainda praias incríveis, algumas de pedras, outras de areia. A Spiaggia Fontane Bianche talvez seja a mais famosa, com sua água cristalina e relativamente quente. Uma das raras praias de areia branca, ideal para quem gosta de nadar.

Como a maioria dos lugares europeus, essa praia tem serviços locais como cadeiras, ombrelones e restaurantes.

Taormina

Mas se sua ideia é conhecer ainda melhor a Sicília, é importante reservar no mínimo uns cinco dias na agenda. A 1h30 de carro de Siracusa, viajando em sentido Norte, fica outra maravilha local: Taormina, na província de Messina.

Taormina é bem mais turística e movimentada que Siracusa. A cidade foi fundada no século 4 antes de Cristo. Considerada por muitos a mais bela cidade siciliana, recebe milhares de visitantes anualmente em busca de suas lindas praias, restaurantes e bares.

O ideal é ficar próximo ao centro histórico, por mais que não seja tão perto assim da praia. A vida ativa da cidade gira muito em torno de uma única rua: Corso Umberto I, especialmente de abril a outubro.

Embora o inverno não seja rigoroso (a temperatura não costuma baixar muito além dos dez graus), na alta temporada os hotéis costumam ser caros e alguns restaurantes exigem reserva.

Uma curiosidade: estima-se que o primeiro turista a visitar Taormina foi o escritor alemão Goethe, que chegou lá em 1787 e deixou suas impressões registradas no livro Journey to Italy.

Era o início de uma era que fez com que o lugar fosse visitado, séculos depois, por nomes como Truman Capote, Tennessee Williams, Marlene Dietrich, Rita Hayworth, Cary Grant e Sophia Loren.

Outro ponto positivo é a gastronomia em Taormina, que sintetiza a ideia que temos da Itália: lá come-se bem quase em qualquer lugar.

Diferentemente de outros países, onde você precisa saber muito bem onde está pisando, neste canto europeu dificilmente você irá provar uma massa com tempo de cozimento errado, molhos malfeitos, peixes passados.

Se a pedida não for frutos do mar, opte por provar a pasta alla norma, uma invenção clássica local com azeite, alho e berinjela. Os cannoli estão por toda a parte dividindo espaço com os marzipans mais bonitos que você vai encontrar.

Gelaterias também estão espalhadas por toda a cidade, mas todo siciliano vai insistir para que você prove as granitas, combinação de água, açúcar e suco de frutas, que também podem conter nozes e pistache – as melhores.

Taormina também te convida para passeios de barco – a hora fica em torno de 120 euros, com direito a frutas, além de vinho branco ou prosecco. É uma ótima maneira de aproveitar a expressão dolce far niente (prazer em não fazer nada), criada por esse povo.

E aí, gostou de conhecer um pouco mais sobre a Sicília? Compartilhe com os amigos e me acompanhe aqui no Aramis Way para mais dicas como essa. Confira abaixo as dicas de destinos que já compartilhei por aqui


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