Destino

Três museus, três histórias. Meu roteiro de exposições em São Paulo

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Pedro Ivo Brito Pedro Ivo Brito

Leia em 5 min

Viajar dentro da nossa própria cidade é um dos meus hobbies preferidos. Descobrir lugares e experiências é algo que sempre me motiva a querer desbravar cada vez mais. Para abrir essa temporada de descobertas, visitei três exposições pelo Centro de São Paulo, um dos meus lugares favoritos por aqui. 

A imersão em meio a pontos históricos, permeados com muita arte e cultura, teletransportam a gente para uma vivência enriquecedora.

Primeira parada: CCBB

Meu passeio começou na região central da Capital. O Centro Cultural Banco do Brasil é travestido de história em cada coluna, que compõe o prédio centenário localizado próximo à Praça da Sé.

A arquitetura do local já valeria um conteúdo único… mas vamos deixar isso para uma próxima. O objetivo da minha visita foi outro: o Tour Virtual 360º “A Tensão”, do Leandro Erlich.

Atento à Tensão de Erlich

Cheia de surrealismo, a exposição traz murais com cenas cotidianas recriadas a partir da visão artística de Erlich, convidando cada visitante a sentir de fato a autoria de suas obras. 

Somos colocados diante de uma ambiguidade frequente a começar pelo próprio nome da exposição, que diz respeito tanto ao conceito de estarmos sempre atentos ao nosso redor e a tudo que enxergamos, como também sobre o despertar da tensão que o artista nos convida a vivenciar.

Segunda parada: Farol Santander

Meu passeio continuou na linha do surrealismo. Agora, porém, visto por uma ótica diferente. 

Você deve conhecer o Farol Santander pelas diversas fotos no Instagram que os visitantes tiram em seu mirante espelhado, também destacado pela iluminação vermelha característica, que chama a atenção até de quem passa na rua.

Porém, outro ambiente que também reserva um grande tesouro cultural é a parte de exposições, atualmente casa da “Espuma Delirante”, trazida pelo artista de múltiplas facetas Rafael Silveira.

No melhor estilo Salvador Dali, as obras se derretem em meio ao cenário

Nela, Silveira nos convida para uma dinâmica visual por meio de suas obras. Quadros, paisagens, becos e todos os elementos ganham vida através do “derretimento” de seus conteúdos e projeções que utilizam tecnologia de ponta. 

O resultado dessa soma é uma verdadeira imersão sensorial e sentimental que eu poderia passar horas admirando e meditando sobre seus mais diversos significados. Simplesmente imperdível.

Por fim, a Pinacoteca!

Ela não poderia ficar de fora: a Pinacoteca, ou “PINA Luz”, para os mais íntimos.

Quem chega à estação da Luz pode até ficar um pouco perdido com o tanto de atrações que o lugar possui, como o Museu da Língua Portuguesa e a própria estação, que por si só já valem a visita. Porém, minha última parada desse roteiro de visitas foi logo do outro lado da rua, na Pinacoteca, para contemplar a exposição “Adriana Varejão: Suturas, fissuras, ruínas”. 

Antes de entrar em mais detalhes sobre as obras e esculturas, sinto que tenho o dever de destacar a história do espaço. A Pinacoteca de São Paulo é um museu de arte visual referência no País, com um acervo que chega à casa dos milhares. 

As obras da Adriana Varejão completam a arquitetura da Pinacoteca

Se isso já não fosse surpreendente o suficiente, o lugar também é um paraíso arquitetônico, com sua construção centenária de corredores longos, muitas janelas e algumas sacadas para você ver tranquilamente as movimentadas ruas paulistanas enquanto fica sentado embaixo de um lustre estonteante.

Bom, voltando à exposição, que permeia a grandiosa Pina, as obras da artista enchem as galerias e pátios do local, com seu potencial maximizado em representar sua estética; estética, esta, que muitas vezes vem acompanhada de uma certa crítica social. Os famosos azulejos, elementos característicos de suas obras, vêm carregados de simbologias densas e imersivas. 

Aqui, Varejão nos evidencia por meio de sua Arte o contraposto entre a frieza e rigidez dos azulejos com a maciez e densidade de carnes e vísceras. A expressividade e magnitude de sua arte ganha ainda mais voz devido a escolha de cores vibrantes e intensas, que tornam a artista um dos nomes expoentes da arte Brasileira no âmbito mundial.

Em uma parte mais isolada, as obras mais explícitas da artista preenchem as paredes e quebram o branco predominante dos ambientes. O contraste das mensagens que ela transmite em seus quadros provoca um misto de paz e desconforto em apenas alguns passos de distância. Nada é por acaso, tudo ali tem uma ordem e um propósito, e os visitantes são convidados a acompanhar essa história contada em três salas diferentes.

Organize suas visitas

Essas exposições ficarão abertas por tempo limitado. Então, é melhor correr! 

Espuma Delirante de Rafael Silveira

Farol Santander

Período: 25/03/22 a 7/8/22

Horários: Terça a domingo, das 09h às 20h.

Endereço: R. João Brícola, 24 – Centro Histórico, São Paulo – SP

A Tensão – Leandro Erlich

Centro Cultural Banco do Brasil

Período: 13/04/22 a 20/06/22

Horários: Todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças. Entrada gratuita!

Endereço: R. Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, São Paulo–SP

“Adriana Varejão: Suturas, fissuras, ruínas” 

Pinacoteca Luz

Período: 26/03/22 a 1º/8/22

Horários: Todos os dias, das 10h às 18h, exceto às terças. Entrada gratuita aos sábados.

Endereço: Praça da Luz, 2 – Luz, São Paulo – SP

Curtiu? Porque o nosso primeiro giro termina por aqui. A gente se vê em breve em mais episódios desbravando cada canto de cidades que nos inspiram e nos convidam a conhecê-las mais profundamente.

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