Lives NPC: Você é fã ou hater da tendência que tem dominado o TikTok?
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Se você usa ou acompanha as tendências do TikTok por aí, já deve ter reparado que tem uma febre em ascensão na plataforma: as Lives NPC.
Basicamente são transmissões ao vivo onde as pessoas se caracterizam de um personagem inspirado em desenhos ou jogos de vídeo game, provocando uma interação que envolve controle VS. lucratividade na plataforma.
Acontece que esse tipo de live tem chamado à atenção e divergido opiniões entre quem tem ousadia e aposta nessa modalidade como uma forma de lucro, quem acha que isso tudo é uma grande besteira ou, até mesmo, quem acha isso tudo um tanto quanto fetichista.
Quer saber mais? Então vem com a gente!
O que são as lives NPC?
Para entender o que são as lives NPC, primeiramente é preciso entender a origem da sigla.
NPC vem do inglês “Non-player character” que significa “personagem não jogável”, que basicamente se trata de personagens de jogos de RPG que não são controlados pelo jogador. Em vez disso, é controlado pelo computador ou pelo mestre do jogo, dependendo do contexto.
Trazendo isso – literalmente – para a realidade, o que tem acontecido é a crescente de pessoas que se caracterizam como se fossem esses personagens de desenho/videogame, abrem a câmera do TikTok e lucram exponencialmente em lives onde elas imitam movimentos característicos desses seres “não humanos”.
As Lives NPC no mundo e no Brasil
Uma das precursoras no segmento, Fedha Sinon, conhecida como Pinky Doll e com mais de 1.3 milhões de seguidores, ganhou as redes nesse jogo de recompensas onde a cada ação, há uma reação interpretada pela personagem.
Para que possamos entender melhor o tipo de interação que acontece nessas lives, a Pinky Doll, por exemplo, ficou conhecida pelo bordão “Ice Cream. So Good!”, onde ao receber um sorvete (digital), a personagem reage lambendo um sorvete imaginário.
O pulo do gato é que: a cada item que a Canadense recebe através de quem quer controlar seus movimentos ou simplesmente interagir com o seu trabalho, uma quantia em dinheiro é enviada, fazendo com que a influencer já acumule uma fortuna, além de ter ganho uma super notoriedade.
No Brasil, o fenômeno das lives NPC também tem atingido o seu auge, despertando muitas polêmicas, mas também gerando muitos memes, discussões e interações que, no final das contas, é disso que a gente gosta, não é mesmo?
Streamers como Kine Chan, Karen Arara, Prizza e até o recente fenômeno, Felca, já atingem milhares de seguidores e, a cada dia mais, crescem com as lives NPC no TikTok.
As polêmicas e questionamentos por trás das Lives NPC
Alguns consideram o que esses streamers e influencers estão fazendo como um conteúdo de cunho fetichista, outros acham que beira o ridículo, mas para muitos isso é apenas um conteúdo intrigante de se observar.
Em matéria para o The New York Times, a professora de design de jogos e mídia experimental no Instituto de Tecnologia de Illinois, Carly Kocurek, disse para pensarmos nos streamings de NPCs como uma extensão do cosplay – um hobby em que os fãs se vestem como seus personagens favoritos de livros, programas de televisão e filmes.
Na mesma matéria, em entrevista dada ao TNYT, Fedha Sinon (a Pinky Doll) disse que ao começar com as Iives, estava apenas sendo fofa e que se lembra da reação de alguém dizendo “Meu Deus, você parece um NPC”. Daí em diante as pessoas começaram a enviar dinheiro.
Foi daí que ela começou a ficar mais antenada nos movimentos e comportamento desses personagens de games, visando trazer mais insights para a sua personagem.
Desde então, sua conta cresceu em um nível bizarro, fazendo com que hoje a streamer lucre cerca de US$ 2.000 a US$ 3.000 por transmissão só no TikTok, sem contar no quanto Sinon ganha em suas outras redes.
Ainda nessa matéria para o TNYT, Cherry Crush, que mora em Ohio e tem mais de 2 milhões de seguidores no TikTok, disse que não considera seus conteúdos ao vivo como algo fetichista.
Para complementar, a especialista de mídia, Kocurek, disse que os espectadores podem ver o conteúdo on-line de maneira que os criadores talvez não tenham considerado. Ou seja, não está no controle do criador, o que as pessoas do outro lado vão pensar sobre isso.
Há também quem pense que esse tipo de conteúdo é uma exposição ao ridículo e que jamais faria algo do tipo, mas a verdade é que – segundo os próprios streamers – além de ser muito divertido, tem pagado as contas!
Outro ponto é que, ao longo dos anos e – é claro – sem querer generalizar, sempre tivemos uma leve atração por ver pessoas se exporem ao que pode ser considerado “ridículo”.
Afinal, quem é que não se lembra dos famosos quadros de pegadinhas na TV, em que muitos de nós ficávamos horas assistindo pessoas se darem mal em situações constrangedoras?
Além disso, o poder de controlar os movimentos de um personagem através de estímulos enviados em uma plataforma também é algo que atrai muita gente, fazendo que as lives NPC despertem muitas e novas questões sobre o comportamento humano.
Nós poderíamos ficar horas aqui falando sobre isso e ouso dizer que, para muitos estudiosos, isso daria uma tese, mas as lives NPC estão aí e não são a única forma de conseguir interação, ganhos e recompensas através de conteúdos que despertam a curiosidade e controle dos espectadores.
Por sorte – ou não – esse estilo deslanchou e não se fala de outra coisa a não ser nisso.
Dados os fatos, há público, há demanda e milhares de streamers estão fazendo renda extra ou já sobrevivem inteiramente desse estilo de transmissão ao vivo.
Mas e você? Gostou do assunto? Qual a sua opinião sobre o tema?
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