Os filmes brasileiros que você precisa ver e rever
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O cinema no Brasil por muitas décadas viveu uma verdadeira montanha russa, com altos e baixos – o que em bom português significa fases de ouro fervilhando de produções e investimentos, e momentos de vacas magras para a realizações de projetos.
Fazer cinema não é fácil, seja no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, é preciso muita dedicação, empenho e, claro, recursos financeiros para tirar um roteiro do papel e lançar nas principais salas de exibição do país.
Por muitos anos, o cinema nacional sofreu, injustamente, preconceito por parte de investidores e do público.
Mas nas últimas décadas o cenário mudou produções nacionais ganharam destaque nos grandes festivais de todo o mundo e, diversos filmes vêm capturando toda a singularidade, personalidade e raízes do nosso país. Como reflexo, mais e mais obras são reconhecidas por romper recordes de público e bilheteria.
Vamos celebrar e conhecer um pouco mais sobre a história do cinema nacional e, claro, relembrar alguns títulos que merecem ser vistos e revistos sempre!
Cinema Brasileiro – história, nomes de destaque e filmes consagrados
Em 19 de junho de 1898, diretamente do navio Brésil, vindo da França, o italiano Afonso Segreto trouxe para o Brasil equipamentos importados da Europa e a bordo da embarcação, filmou a Baía de Guanabara.
Esse foi considerado o primeiro registro cinematográfico em nosso país, e a data ganhou até um novo título em nosso calendário: o Dia do Cinema Nacional.
Junto a seu irmão Paschoal, o sobrenome Segreto se tornou símbolo de pioneirismo quando o assunto é inovação na sétima arte no Brasil.
Os dois produziram vários filmetes e, também, lançaram a primeira revista especializada em cinema no país. Décadas depois, novos nomes começaram a surgir, como o do pai da chanchada – gênero popular – Humberto Mauro.
Mas foi entre os anos 40 e 50 que o cinema brasileiro se profissionalizou e começou a se inspirar em grandes produções e expressões artísticas da França e Itália.
Nesse período surgiram nomes muito conhecidos do grande público como: Glauber Rocha, Ruy Guerra, Nelson Pereira dos Santos, Joaquim Pedro de Andrade e Luís Sérgio Pérson.
Anos mais tarde, depois de uma esfriada nas grandes produções, nas décadas de 90 e 2000, novos estúdios começam a surgir no país.
E títulos de destaque nacional e internacional voltam a surgir nas telas e levar um público grande às salas de cinema, entre os responsáveis por esse aquecimento estão: Walter Salles, Carla Camarutti, José Padilha e Fernando Meirelles.
Comédia, drama, romance e policial são os estilos mais produzidos no Brasil de hoje e que conquistam cada vez mais um público fiel e apaixonado pelas produções nacionais.
7 filmes nacionais para ver e rever
Há dezenas de filmes brasileiros que são considerados clássicos das telonas, muitos arrecadaram milhões em bilheteria, alguns tornaram-se referência dentro e fora do país.
O cinema verde e amarelo ganhou uma nova força e vem colhendo bons frutos, se desvinculando dos preconceitos do passado e conquistando um público cada vez mais jovem.
Seja para comemorar o Dia do Cinema Brasileiro ou aproveitar aquela tarde de lazer em casa, separamos 7 filmes incríveis que precisam entrar para a sua cinemateca pessoal.
Vamos a eles!
Hoje eu não quero voltar sozinho
Dirigido por Daniel Ribeiro, o filme de 2014 foi inspirado em um curta metragem homônimo, estrelado por Tess Amorim, Guilherme Lobo e Fábio Audi, é considerado um romance dramático.

A história traz de forma muito sensível a vida de um estudante cego que começa a descobrir sua independência, sexualidade e todas as dores e delícias da adolescência.
Muito bem aceito pelo público e pela crítica o longa foi ganhador do Prêmio Fipresci dado pelo Federação Internacional de Críticos de Cinema.
Tim Maia
Estrelado por Babu Santana e Aline Moraes, Tim Maia – O Filme conta a vida do emblemático, carismático e polêmico cantor carioca.
Dono de uma voz inconfundível e de uma personalidade um tanto quanto controversa, o filme mostra toda a trajetória, conquistas, lutas e perdas de Tim durante sua busca pelo sucesso e consagração.
É uma biografia que revela muito sobre os bastidores da música popular brasileira, além, claro da vida pessoal repleta de altos e baixos da estrela do soul.
O Auto da Compadecida
Inspirado na obra de Ariano Suassuna e dirigido por Guel Arraes, O Auto da Compadecida é um verdadeiro clássico do cinema nacional.
A comédia dramática traz personagens carismáticos, interpretações impecáveis e grandes nomes da teledramaturgia brasileira.

Foi simplesmente a maior bilheteria nacional do ano de 2000 e durante o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro ganhou como: melhor diretor, melhor ator, melhor roteiro e melhor lançamento.
A história de Chicó e João Grilo conquistou o coração do público e da crítica, e até hoje gera audiência quando passa na Tv e nas plataformas de streaming.
O Som ao Redor
Escrito e dirigido por Kléber Mendonça Filho, o Som ao Redor figura desde 2015 na seleta lista dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, segundo a crítica especializada.
A história traz o cotidiano de um grupo de moradores de um condomínio particular de Recife, seus conflitos, angústias e de como uma milícia atuou para transformar a vida de todos os moradores locais.
A tensa e falsa tranquilidade, o reflexo de um Recife dos dias atuais e que também serve de parâmetro para representar muitas cidades pelo Brasil.
Cidade de Deus
Um clássico atemporal. Não tem como falar de cinema nacional sem citar Cidade de Deus, o filme dirigido por Fernando Meirelles, 2002, é uma referência até os dias atuais dentro e fora do país.
Cidade de Deus trouxe inovação, fotografia primorosa, narrativa que segue uma linha própria e, claro, toda uma estética única.
Ele é considerado o grande responsável pela retomada do cinema nacional, o único longa até hoje a ser indicado a quatro categorias do Oscar.
Cidade de Deus mostra o surgimento e crescimento da comunidade do morro Cidade de Deus no Rio de Janeiro, na década de 60, e, consequentemente, o crescimento do tráfico. Além de todos os dramas e conflitos da população que lá vive.
O Palhaço
Estrelado e co-dirigido por Selton Mello, O Palhaço é um dos filmes de drama mais sensíveis e bem produzidos dos últimos anos.
Ele traz a história de dois palhaços, pai e filho, estrelados por Selton e Paulo José, que transitam pelo país em um circo familiar na década de 70.
O conflito começa quando Benjamim, personagem de Selton Mello, decide largar a vida circense para trabalhar em uma fábrica em uma cidade no interior.
Que horas ela volta?
O drama dirigido por Anna Muylaert e estrelado por Regina Casé traz de maneira muito sensível e delicada a realidade sobre as desigualdades no Brasil.
Val, personagem de Casé, é empregada doméstica em uma residência classe média alta em São Paulo. Os conflitos começam quando Jéssica, filha de Val, após 13 anos volta a conviver com a mãe.
Ambas morando na casa dos patrões, a adolescente não se submete as regras impostas dentro da casa e não baixa a cabeça diante dos donos da casa e da maneira como conflito de classes é estabelecido.
Cinema em casa – saiba tornar a experiência de ver os clássicos nacionais ainda melhor
Assistir a um bom filme em casa, no conforto do nosso lar ao lado de pessoas especiais ou mesmo sozinho é muito bom, certo?
Para tornar a experiência ainda melhor e maratonar vários filmes na sequência uma dica é preparar bem o dia e armar de petiscos e bebidas delícias para tornar tudo ainda melhor.
A primeira regra para assistir um filme é faze rum boa porção de pipoca, afinal, filme sem pipoca não é a mesma coisa certo?
Experimente fazer a iguaria em uma pipoqueira clássica e você nunca mais vai querer saber da versão industrializada para micro-ondas.
Está um dia quente por aí? Que tal colocar o barman que existe em você para trabalhar e preparar um belo drink?
Uma caipirinha, um moscou mule, uma caipirosk, cuba libre ou qualquer outra bebida de sua preferência, pegue seu bom kit de barman e faça um bom uso.
Agora se o dia estiver frio, do tipo que pede um cobertor e uma bebida quente para tornar tudo mais aconchegante: café é a solução.
Um café coado, um expresso duplo, um capuccino. Quer deixar tudo ainda mais saboroso? Aposte em um expresso forte, coloque a xícara na base da cafeteira e troque o açúcar por um pouco de canela e uma barrinha de chocolate, deixe que o calor do líquido derreta o chocolate e aproveite.
Celebre o cinema brasileiro todos os dias. Não deixe de ir atrás dos clássicos para apreciar todo o contexto histórico, cultural, social do Brasil.
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